sexta-feira, 22 de junho de 2012

EXISTE INFERNO?


Se poucos pensam com o céu, muitos menos ainda pensam no inferno. Parece que temos um bloqueador que impede o celebro pensar ou imaginar qualquer possibilidade de alguém ir para o inferno. Porque somos assim? Resposta fácil: Inferno significa lugar de sofrimento e como ninguém gosta de sofrer, pensar no inferno é sofrer 2 vezes. Fugimos do sofrimento como o Diabo da cruz. O sofrimento nos causa pânico, desespero e sofremos muitas doenças só pelo fato de passarmos algumas aflições aqui na terra.

Mas deixa eu lhe dizer uma coisa muito séria: pense ou não, acredite ou não, o inferno existe! Por mais que o Diabo tente nos enganar dizendo que o inferno é uma mentira. Por outro lado, se não pensarmos no inferno, nem que seja de vez enquanto, não conseguiremos fugir deste destino cruel. Quando eu era criança gostava de brincar na chuva (qual criança não gosta?). Como morava em uma rua no alto do morro, logo se formavam pequenas cachoeiras (nada a ver com as cachoeiras da CPI), que utilizávamos para colocar pequenos barcos de papel para serem levados “morro abaixo”. A brincadeira era ver qual barco conseguia chegar primeiro em um largo bueiro que havia no fim da ladeira. Por mais gostoso que fosse a brincadeira, ela sempre acabava mal para os barquinhos pois eles sempre sumiam dentro do esgoto e o barco do vencedor era o primeiro a sumir. É assim com muita gente que está sendo levada pela enxurrada da vida e nem quer saber que direção sua vida está indo. O fim não será em um simples bueiro, mas o próprio inferno.

Se por um lado Deus não quer que precipitemos no inferno (Ez 18:23; 1 Tm 2:4), por outro, nós estamos sempre fazendo muito esforço para nos jogar lá. Parece até um cabo de guerra, Deus puxa de um lado, e nós mais o Diabo, puxamos do outro. O ser humano está sempre na beira do precipício, sempre andando próximo do limite. Temos um mórbido prazer de andar despreocupadamente tão próximo do perigo. Uma hora a casa cai!

Tem como mudar? Creio que sim. No momento que começo a se preocupar e pensar no inferno eu tomo consciência de que preciso tomar mais cuidado com a maneira que estou vivendo. A Bíblia diz que temos que viver para a glória de Deus, que fomos feitos a imagem e semelhança de Deus, que somos a obra prima de Deus, a coroa da criação, logo não podemos agir como se Deus não existisse ou como se o inferno não fosse uma realidade em minha vida. Paulo diz que: se vivemos , para o Senhor vivemos, no outro extremo, se morremos, para o senhor morremos, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor. Esta é nossa realidade: somos do Senhor! Por isso o inferno precisa nos assustar sempre! Não podemos nos acostumar com ele.
O Cristão é aquele que vive olhando para o céu, mas não se descuida do inferno. Que vive na expectativa de um dia estar com o Mestre gozando das delicias da eternidade, mas cuida para nào tropeçar nas pequenas armadilhas do Diabo. Cuidado, não brinque com fogo, inferno existe e o Diabo está fazendo de tudo para te levar para lá. É por isso que ele mente dizendo que não existe!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A ÚLTIMA TENTAÇÃO DE EVA


Amado Rev Ronildo,

Aproveitando seu convite para o trabalho com a Edméia Williams (não pude estar presente) e como sou conhecedor das posições que alguns amados irmãos do nosso presbitério têm a respeito do ceder o púlpito de uma igreja presbiteriana para que uma mulher pregue, gostaria de tecer um breve comentário. Deixo claro que respeito estes irmãos, pois na sua maioria são fiéis e verdadeiras suas intenções para com nossa amada igreja. Por outro lado, creio firmemente que não podemos deixá-los expor unilateralmente suas idéias sob risco de sentirem-se os únicos verdadeiros nesta seara.

Não tenho dúvidas de que nossa amada Igreja tem sofrido nos últimos 25 anos (talvez até mais um pouco) muita pressão nesta área da ordenação feminina. E pelo que tenho visto sofrerá ainda muito mais, principalmente pelo fato de haver em nossas hostes uma pequena ala mais radical que demoniza todos que não tenham posição sobre este assunto ou tenham uma posição contrária.

A primeira coisa que percebo nesta discussão é que não há neutralidade ou aquela “istória” de que vamos estudar para entender o assunto. A maioria chega à discussão já com idéias pré-concebidas (apoiando um lado ou outro). Percebo também que é um dos poucos assuntos onde praticamente só temos 2 lados e por uma fatalidade do destino os ultra-calvinistas puritanos e fundamentalistas estão de braços dados com boa parte dos só calvinistas. Do outro lado estão os hereges. Outro fator que me seduz é o fato de cada lado ter sua particular interpretação sobre os textos bíblicos, abusando dos comentários, expositores, exegetas e das variações gramaticais que normalmente o texto permite, logo, todos arrogam o direto de estar exegeticamente corretos, não podendo nenhum dos 2 lados acusar o outro de infidelidade escriturística. Por fim, percebemos que os igualitaristas e os diferencialistas mesmo sendo cristãos e conhecedores das escrituras costumam utilizar de argumentos fora dos contextos para denegrir a posição contrária. Isso é normal em qualquer guerra (santa). 

Agora vem o motivo que lhe escrevo. Tenho lido alguma coisa sobre este assunto, e verifiquei uma falha gritante nesta discussão (arrogância santa!!!). Não é nada na exegese ou na hermenêutica dos digladiadores. Vou direto ao ponto: é o último ataque de Satanás. Qual o objetivo deste ataque? Inverter o papel do homem não só no contexto familiar como também na sociedade. Imagino que está por trás de toda este clamor feminista por direitos iguais exatamente um objetivo mais cruel. Interessante é que mesmo antes de conseguir sua vitória final com as mulheres, ele ataca na mesma direção para que os homossexuais também tenham direitos iguais. Por mais que concordemos que não é o fato de ser mulher que ela é inferior ao homem, pois sabemos que somos todos iguais (da mesma forma que a Trindade é), porém há uma ORDEM (1 Tm 2:13), tanto na Trindade quanto na sociedade. Quando Satanás partiu para convencer (já fez isso uma vez com sucesso) a mulher, agora com a conivência e o apoio do homem, de que a ELA pode assumir a frente de batalha, o oficio de comandar, de dirigir, da autoridade, o que está fazendo é simplesmente quebrar e romper irreparavelmente a ORDEM. Para quem carregou o peso da culpa pelo canto da “serpente” por tanto tempo, imagino que tem sido muito mais difícil resistir a esta “última tentação de Eva”. É incrível quando notamos que o maior pecado de Lúcifer foi exatamente este: sonhar em inverter a ORDEM (veja Is 14:13-14). Acabou derrubado. Não satisfeito em separar o homem de Deus (com a ajuda da mulher), ele quer agora quebrar a ORDEM social estabelecida por Deus. Quebrar esta ordem é a última barreira para seu plano destrutivo. Imagino que é muito mais grave ver o Diabo quebrar ou inverter a ordem social do que deixar a mulher pregar! Estamos preocupados com o cisco e não vemos as traves!

Antes que entenda mal, como sou calvinista convicto, não apoio a ordenação feminina. Entretanto, como sou calvinista praticante, apoio que a mulher a qual Deus concedeu dons e talentos especiais, também possam vir a ser vocacionadas a pregar, ensinar, instruir, ou seja, exercer seu papel na sociedade que Deus a colocou com a missão de anunciar a toda criatura as maravilhas do reino divino. Aos homens cabe o oficio, simplesmente por falta de apoio bíblico e exemplo apostólico para que as mulheres também exerçam os ofícios. Mas não consigo entender que Deus tirou, impediu, castrou a capacidade das mulheres para que leiam sua Palavra e auxiliem, ajudem, cooperem (lembra da Eva auxiliadora?) para que este evangelho seja pregado até aos confins da terra. Não consigo ver na recomendação de Paulo a Timóteo que as mulheres tenham que ficar caladas e aprenderem em silêncio, que isso implica em uma total impossibilidade delas terem voz. Esta mesma Palavra nos garante que somos (homens e mulheres) uma nação santa, sacerdotes reais, povo adquirido para anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas. Se elas são sacerdotes, porque não pode anunciar as virtudes? O “ide” e pregai é uma ordem universal. Se impedirmos que as mulheres preguem, estaremos forçando-as a serem desobedientes a única ordem de Cristo (vingança masculina?).

Me perdoe se fui reducionista no assunto, mas não consigo entender que ele seja só uma questão de exegese bíblica e que por isso uma mulher não pode pregar no púlpito de uma igreja presbiteriana, mas sim gostaria muito de ver este assunto ser discutido sob a ótica da ordem criativa e determinativa de Deus e deixem que elas preguem!

Acatarei com grande humildade suas criticas à minha arrogância.
Um grande abraço, meu amado pastor.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

RIO+20 (COITADOS DOS CIENTISTAS)

                  Veja – 13 Junho 2012; Ed 2273 - página 113

Não tenho dúvidas de que esta discussão sobre meio ambiente e desenvolvimento ainda vai dar muito “pano pra manga”, mesmo depois da Rio+20.

No entanto, o que mais tem me chamado a atenção, não é a questão se é dever dos governos ou mesmo das empresas preservar ou não o meio ambiente. Acho que independente da discussão política, sou sempre pelo preservar, conservar, guardar, cuidar, etc. não importa se é uma foto antiga, um prédio antigo ou mesmo o meio ambiente. Acho até que, pra muitas coisas, sou um guardador compulsivo que merece tratamento psiquiátrico.

O que tem me chamado a atenção nesta querela toda são as falhas da ciência, que com a descoberta de tantos furos e erros com relação as previsões climáticas, estou ficando preocupado pois já não sei mais em quem confiar. Pra completar minha total insegurança neste assunto, vem a VEJA e publica nesta semana que “Não existem certezas absolutas na ciência”.

Como assim “cara pálida”? Olha só que coisa incrível: Nos últimos 100 anos, baseados na teoria de Darwin a ciência afirma com toda certeza que somos frutos de uma evolução e não de uma criação. Quem assim não acredita é idiota e possui QI de ameba. Não acreditar no big bang ou em tantas outras afirmações da ciência, sempre foi sinônimo de retrocesso, de castração da inteligência, limitação de capacidade, etc. Mas agora vem a VEJA e citando Thomas Huxley e afirma que o ceticismo é um dos maiores deveres e que a fé cega é um pecado imperdoável. Só falta perguntar de que igreja o tal Thomas é pastor?
Com base no que Huxley falou concluímos que tudo que a ciência mostra, informa, descobre, etc., pode ser passível de ceticismo. Eu já era cético em muita coisa que a ciência afirma, mas não tinha coragem de “sair da pipeta”. Confesso que estou aliviado e feliz. Já não preciso mentir nem enganar aqueles que imaginavam que eu acreditava na evolução das espécies. Posso dizer a plenos pulmões que eu não acredito em muita coisa que a ciência fala, ou o que a ciência fala é relativo.

Concordo com Huxley de que a fé cega é imperdoável. Coitados dos professores universitários e cientistas que por anos a fios têm declarado uma fé cega na ciência e na teoria da evolução (pra não citar outras baboseiras). Eles provavelmente ficarão órfãos da racionalidade, casarão com a incredulidade e serão enterrados na tumba da bestialidade.

Qual a razão de toda a minha alegria? É que a minha fé em meu Deus não é cega. Ela é a certeza de cousas que se esperam, ela é a convicção de fatos que se não vêem. Esta é minha fé, pois eu sei em quem tenho crido e estou bem certo que ele é poderoso para guardar o meu tesouro até o dia final, pois se a minha esperança se resumisse apenas nesta vida, seria o mais infeliz dos homens.

Estou alegre porque a ciência finalmente reconhece que não tem absolutos pela simples razão dela não ser o fator gerador de todas as coisas. Mas Deus é o absoluto de todas as coisas.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

ANDO POR ONDE QUERO!


Alguém já disse que ser jovem é ser rebelde, é ter liberdade pra fazer qualquer coisa, é desafiar o perigo sem receio das conseqüências, é quebrar as regras ou sonhar que pode mudar o mundo carregando cartazes ou ouvindo músicas no ipod. Na verdade nos últimos 2.000 anos esta atitude “jovem” não alterou 1 milímetro na história do mundo, mas ao que tudo indica, e mesmo com a internet mudando todos os conceitos, eles continuarão a pensar desta forma.
Já que não dá pra falar de jovem sem falar em internet, vamos La: na internet tudo é possível! Verdade. Vivemos dias em que através da internet podemos ver, ler ou falar o que quiser. As vezes algumas coisas que falamos ou escrevemos na “rede” complica tudo, mas se por um lado não há limites, inclusive para a imoralidade e outras coisas piores como a pedofilia, por outro ganhamos conhecimento, relacionamento, entretenimento. Entre os extremos (da imoralidade ao ganho de conhecimento) existe um grande abismo que se chama: liberdade.  A grande pergunta de nossos dias para os jovens é a mesma feita pelo salmista 900 anos aC: com toda essa liberdade que temos ... de que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? (Sl 119:9) Quem se arrisca a responder? Ou, quem tem coragem para responder?
Como disse o grande poeta português Fernando Pessoa que “navegar é preciso”, caminhar na estrada da vida é inexorável para quem está vivo. Não há como parar, não temos como descer deste bonde da vida. Muitos, por covardia, até fecham os olhos e “deixa a vida te levar”, mas todos caminham. O problema é que não existe só um caminho. Como escolher o caminho puro para andar?
Salomão disse certa vez que “há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte” (Pv 14:12). Percebe que para responder a esta pergunta do salmista, precisamos usar uma grande ferramenta que se chama: avaliação. Se o jovem não avaliar a situação ele pode: 1) errar, porque quer errar (70%); 2) errar, sem saber que está errando (5%); 3) errar achando que está acertando (25%); Qualquer que seja a alternativa ele sempre se dará mal e sofrerá as conseqüências da sua péssima avaliação e o resultado será a morte.
Como saber qual o caminho? Querem mesmo a resposta? Ou, o segredo? Na verdade o segredo está exatamente no final do versículo do Salmo 119:9, (que o jovem por preguiça não leu) ou seja, usar na avaliação a melhor de todas as ferramentas: “segundo a tua palavra”. Se quisermos usar nossa capacidade ou nossa opinião, ou a opinião dos outros, ou qualquer outro critério de avaliação, o jovem sempre se dará mal. A única alternativa certa para esta resposta é: usar a Bíblia para verificar o que Deus quer, ou, o que Deus fala. Neste caso, o fim será sempre o fantástico show da vida (eterna).
Entenda de uma vez por todas: a única maneira do jovem guardar puro o seu caminho é viver segundo a palavra de Deus. Qualquer outra opção é sujeira, é podridão, é furada, é prostituição .... é morte!
Mas isso é tão difícil de entender que a maioria dos jovens só vai aprender depois de velho. Ganhe tempo, ganhe "2 vidas" para a próxima fase do game. Use a Bíblia como critério de avaliação. Tão fácil e mole que até vovô sabe!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

DENOREX

Os mais “experientes” conhecem bem esta marca. Era um xampu para caspa que tinha um cheiro tão ruim que parecia de remédio, mas a propaganda dizia: parece (remédio) mas não é!

Acontece que hoje, do jeito que está a igreja evangélica, percebo que o “cheiro” de muitas delas também não está nada bom. Elas até parecem que são igrejas de crente, mas será que são? Há tantas mudanças em suas liturgias e estão tão cheias de “fogo estranho” que fica em minha cabeça uma grande dúvida. O “cheiro” é de quem abandonou o primeiro amor, ou talvez nem se lembrem que um dia tiveram esse primeiro amor. Muitas distorcem o que Paulo diz: fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns (1 Co 9:22) que estão fazendo literalmente de tudo pra lotar sua igreja. Muitas já escancararam de tal forma que já colocaram o trono de Satanás no meio delas e são especialistas em armar ciladas (ciladas: falar uma coisa que parece verdade mas não é). Outras abominam o trono de Satanás, mas tem tolerado as Jezabéis profetizas que têm seduzido os jovens a se “prostituir com outros deuses” (a deusa fama ... poder ... autoridade, dinheiro, etc) com aparência de coisa boa, mas o fim são caminhos de morte (Pv 14:12). Outros, com suas minis ou megas igrejas até tem pomposos nomes internacionais, mundiais e até universais como de quem está vivo, mas estão mortos. Para estes que são da sinagoga de Satanás, que declaram uma coisa e a verdade é outra bem diferente, vai ter que prestar contas a Deus, prostrado aos seus pés. Resumindo tudo: o que me preocupa mesmo é o momento que a igreja se encontra hoje - nem quente nem fria. Antes fosse uma coisa ou outra.

Percebe que estamos em uma fase “cinza”, onde as cores não estão definidas. Igreja tem deixado de ser aquele porto seguro, aquele lugar de compartilhar as bênçãos uns com outros, de evangelizar com folhetos, de visitar encarcerados e necessitados. Lugar onde as adolescentes namoravam e não engravidavam, onde os diáconos eram respeitados, onde na hora do culto ninguém saía ou ficava brincando no celular. As vezes fico me cobrando se isso não é saudosismo de uma época que não mais existe, ou se perdemos mesmo a chance de ser voz profética, de apontar o pecado, de viver de modo digno do evangelho. Estamos perdendo nossa identidade, ou seja, aquilo para o qual fomos salvos. São tantos os tipos de igrejas, cada um para um público diferente, são tantas as parafernálias que se usa para seduzir o público, são tantas as atrações nacionais e internacionais, que pastor de igreja mais pobrezinha fica envergonhado pois não pode acompanhar tanta “produção”. Culto ao vivo na internet, cantores e cantoras profissionais para apresentar o “show”, digo, o louvor, com direito a compra do CD depois do culto. Banda gospel, pregador famoso, luzes e câmeras, sorteio e promoções de livros e Bíblias especiais. A concorrência está cada dia pior, é igreja tirando gente de igreja, é igreja que dá transporte e lanche de graça e ainda tem promoção de CD do pastor por R$ 9,90.
Verdade, em nossos dias tem muita igreja que parece que é igrejaa de crente, mas são Denorex. É por isso que Jesus diz: estou a ponto de vomitar-te da minha boca. Temos enganado a muitos, menos o dono da igreja. Igreja de Cristo tem que ser e parecer igreja. Não precisa de promoção especial nem oferta milagrosa. Basta ser uma igreja, mesmo que seja pequena, o que não precisamos fazer é ajudar ao diabo a destruir mais a igreja.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

SER OU NÃO SER?

Que resposta você daria a seguinte pergunta: Você tem coragem de dizer que é crente?

É bem provável seria um convicto sim como um bom presbiteriano ou batista, ou que ainda gritasse em plenos pulmões que Deus é 10 como um desses crentes que “adoram” um show da fé, ou daria quem sabe, junto com seu sim um bom glória a Deus e 2 aleluias como um pentecostal. Deixa eu ser sincero, não me importa como seria seu sim a esta pergunta, mas o que me importa saber é se sua vida e seus atos falam tão alto como sua resposta.

Sem querer julgar, mas é um fato real que em nossos dias, falar que é crente e viver de acordo com a Palavra de Deus, parece que são duas coisas totalmente opostas e que uma não tem nada a ver com a outra. Talvez se vivêssemos em uma país mulçumano ou mesmo hindu, teríamos um pouco mais dificuldade para fingir ou esconder nossa fé, mas vivendo em uma sociedade eminentemente cristã e que não nos cobra qualquer preço da nossa fé, a coisa foi esfriando, foi desanimando e está de tal forma esvaziada que “ser ou não ser” crente deixou a muito tempo de “não ser a questão” e passou a ser uma ilusão. A coisa está tão complicada que é como se tivéssemos feito um malfeito tão bem feito que não há mais jeito.

Voltando a “real”: não vivemos em um país mulçumano nem hindu, mas em um país que aceita e estimula a diversidade, seja ela a que for ou o que isso representa. Quanto mais misturado, quanto mais descaracterizado melhor. Chegamos a um ponto que hoje o nome “crente” não significa absolutamente mais nada, nem identifica mais ninguém. A pergunta é: Nós, os crentes, vamos deixar isso assim desse jeito? Será que já estamos convencidos de que não adianta nada ser diferente só porque sou crente? Será que a única alternativa é retroceder, acovardar, desistir? Percebe que estamos em uma encruzilhada e as opções não são boas pois, se continuar neste rumo, a igreja vai pro beleléu. Se gritar, tocar a trombeta em Sião, ou fazer qualquer confusão, viramos fundamentalistas. Se não fizer nada estamos em rota de colisão com a apostasia. O Diabo deve estar soltando fogos no inferno!

Há saída? Acho que sim. A mais antiga de todas as saídas, ou seja, fazer o que todo crente sempre deve fazer, ou seja, viver a simplicidade do evangelho. A vida cristã é muito mais que só celebração, é mais empolgante que só culto especial. Sei que isso pode parecer um absurdo em nossos dias, mas temos que voltar a freqüentar as EBDs, ir às reuniões das sociedades internas, reuniões de oração (onde elas ainda existem. Quem sabe está na hora de você surpreender seu pastor e começar uma em sua igreja!!!), participar de uma vigília, fazer um jejum ao Senhor, evangelizar, ler a Bíblia, distribuir folhetos, comemorar aniversário dos irmãos em suas casas, se emocionar com o coral das crianças e com as velhas representações das histórias bíblicas, manter-se longe das contaminações dos namoros e do sexo antes do casamento, amar a vida familiar e não abrir mão de ser feliz no casamento (apesar das lutas). Ser um exemplo no seu trabalho, mesmo que isso lhe custe um apelido de "puxa-saco do patrão". Ajudar os necessitados, mesmo que lhe chamem de idiota.

Seria muito bom voltar a sentir orgulho de ser crente, no meio de uma geração incrivelmente crédula.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

ERA NECESSÁRIO RESSUSCITAR


Outro dia ouvi a seguinte frase: Religião é tudo igual!

Deixo claro que quem disse esta frase não foi uma pessoa sem instrução ou destituída de senso critico, mas alguém que fez mestrado e doutorado, que conhece profundamente várias religiões e que já inclusive freqüentou uma igreja evangélica tradicional. A pergunta é: Seriam todas as religiões iguais?

De certa forma, se olharmos superficialmente ou não se atendo aos detalhes, creio que sim. Basicamente, para ser uma religião é necessário ter um “deus” ou um líder espiritual, ter um livro sagrado, ter templos ou locais de reunião e ter seguidores. Praticamente todas as religiões possuem estas características. Além disso, cada religião que se preza, inventa alguma coisa diferente, por exemplo, os seguidores do judaísmo, só deveriam comer comida “kosher” (que é a comida preparada segundo os preceitos da Torá), na verdade a maioria dos judeus comem qualquer porcaria igual a qualquer cidadão brasileiro. Os mulçumanos precisam pelo menos fazer uma Hégira (viagem a cidade de Meca) na vida. Para os budistas (principalmente os da linha Zen) para alcançar a purificação é necessário ir a um mosteiro e durante um tempo fazer meditação (se esvaziar do eu), etc. Mas insisto, isto tudo é baboseira e não são estas coisas que identificam uma religião. Para complicar, todas elas acrescentam aos seus cultos vários ritos, rezas, cerimônias, iniciações, indumentárias templos com arquitetura de gosto duvidoso e sons e músicas com objetivo único de impressionar seus seguidores ou seus visitantes. Mas, também não é isso que identifica se uma religião é boa ou não.

Ora, com tanta parafernália para analisar e com toda esta confusão de ritos e rezas, a conclusão é uma só: todas as religiões são “farinha do mesmo saco”. Como não podem existir 2 verdades opostas entre si, a conclusão que se chega é que são todas falsas e esse negócio de deus é papo furado.

Calma lá companheiro!. Tem coisa diferente no céu das religiões. O Cristianismo, a despeito de todas as semelhanças tem um diferencial. Por mais estranho que pareça, o cristianismo possui um fator que a difere de todas as outras. Enquanto em todas as religiões são os seguidores que dão suas vidas pelos seus deuses, no Cristianismo foi o seu “deus” (Jesus) que morreu para salvar seus seguidores. Não há paralelos na história de uma religião assim. Você até poderia dizer que Jesus foi original e inventou algo diferente. Então deixa eu falar de outra forma: enquanto em todas as religiões é o homem buscando o deus, no Cristianismo é a divindade (Jesus) que vem em busca do homem. Se isso não fosse o suficiente, depois que essa divindade morreu por seus seguidores, ele ressuscitou! Não adoramos uma imagem ou uma figura, mas um Deus vivo e verdadeiro. Não há nenhuma história sobre um deus que tenha morrido e ressuscitado, em que mais de 500 testemunhas presenciaram o fato, inclusive inimigos. Este fato coloca o Cristianismo em um patamar diferente de TODAS as outras religiões. Os seguidores do Cristianismo entendem quese Cristo não ressuscitou é vã a vossa fé” (I Co 15:17), em outras palavras, o fato de Cristo ter ressuscitado, é isso que autentica, que confirma, que nos garante estarmos adorando ao Deus certo.
João, narrando a ressurreição de Cristo, nos diz: “era necessário ressuscitar” (Jo 20:9). Sem isso, o Cristianismo seria de fato mais uma religião igual a milhares que existem por ai. Mas se Cristo ressuscitou, a busca do homem por um deus termina aqui. Agora temos o que comparar, temos com quem comparar e identificar de maneira clara e direta, que “deus” merece minha fé. Não há obrigação, coação ou medo. Não há show nem ritos. Não há hierarquias ou papados. Todos, através de Cristo, temos acesso direto com o Pai, todos podemos crer livremente no único Deus que criou todo o universo: Jesus, o que ressuscitou, que está vivo e voltará para buscar seus seguidores! Nada mais seguro do que crer na verdade.

sábado, 24 de março de 2012


CURA PARA ALMA

 

A prática do perdão é nossa mais importante contribuição para a cura do mundo.
Marianne Williamson
Detestamos perdoar. Me arriscaria sair ao meio dia com uma lanterna pelas ruas para achar uma pessoa que goste de perdoar, ou que perdoe o próximo com alegria ou com regularidade. Essa história de perdoar 70 x 7 vezes que Jesus disse aos seus discípulos é muito difícil de engolir.
Porque isso acontece? Por 2 razões, primeiro, geralmente as pessoas que nos machucam são aquelas muito próximas a nós (marido, esposa, filhos, pais, etc.). Segundo, que as pessoas que nos machucam geralmente são aquelas que convivem todo dia conosco, seja no trabalho, na escola, na igreja. Um estranho raramente nos machuca, e quando o faz, pede mil desculpas. Mas aqueles que estão próximo a nós, quando podem ou quando é “necessário” eles querem mesmo é nos derrubar, nos destruir, nos esmagar (sem qualquer frescura). É a luta pela sobrevivência, é a lei da preservação da vida. Logo, quando o assunto é perdoar o ataque vem de todos os lados.

Sabe qual é o maior problema da falta de perdão? É que ele nunca vem sozinho. Ele sempre trás consigo a família toda: a D. Decepção, o Sr Desengano e a irmã mais nova a Desilusão. Com uma família desta tem como perdoar? Como toda a família que se preza tem um bom vizinho, esta também não fica pra trás. E o vizinho mais conhecido desta família é a D. auto-piedade que também tem uma família muito grande como os filhos: coitadinho, que peninha e Oh! dó. Resumo da ópera: somos sempre os desprezados, os que ninguém ajudam, logo, o que “fazemos é apenas uma reação” daquilo que os outros fazem comigo.

Não é um defeito ou falha sua, mas todas as pessoas que conheço têm dificuldade de perdoar, mesmo que isso lhe corroa como um ácido a alma, nunca esquecemos uma palavra mais dura que alguém nos fala, nunca esquecemos um momento que alguém nos ofende. Temos uma memória de elefante para as coisas ruins e de ameba para as coisas boas.

Qual é a conseqüência? Vivemos doentes e machucados. É possível até que quando olham para nós estejamos bonitos, saradão e bem vestidos, mas nossa alma está em frangalhos. Temos que reconhecer que onde há ser humano, há ofensa, desilusão ou decepção. Isso faz parte da nossa natureza decaída, é resultado do pecado que há em nós. Somos egoístas, vaidosos, orgulhosos e usamos estas coisas para atacar ou para nos defender e até para sobreviver nesta selva de pedra. Não há cura natural para isso. Não há um remedinho que passe esta dor. Ninguém deixa de graça uma desilusão ou um desprezo. Queremos sempre dar um troco, revidar uma ofensa, devolver na mesma moeda. Tudo isso só aumenta o sofrimento da nossa alma.
Eu disse que não há cura natural, mas há cura para esta doença social, é possível se ver livre de tanta dor e sofrimento: Paulo recomenda: Esquecendo-me, das coisas que para trás ficam e avançando, para as que diante de mim estão (Fl 3:13). Para curar a alma, temos que olhar sempre para frente e para o alto. Não perdoar é recuar e retroceder e se acovardar. Nós temos é que avançar, ir adiante, fazer o que diz a música de Geraldo Vandré: “quem sabe faz a hora e não espera acontecer”. O escritor de Hebreus nos diz que “não somos daqueles que retrocedem” (Hb 10:39). Saiba de uma coisa importante: Se sua alma não estiver bem, você nunca estará bem. Se você não conseguir perdoar, você nunca será livre, nunca experimentará a verdadeira paz que Jesus trouxe para nós. Perdoar é o remédio para a alma é o segredo da vida feliz, mesmo que seja necessário lutar contra nossa natureza. Mas quem disse que ser feliz é mole?

sexta-feira, 2 de março de 2012

QUE TAL UMA BOA DESCULPA?


QUE TAL UMA BOA DESCULPA?

Pr J.E. Conti

D

esde que Adão foi pego por Deus em flagrante delito, e lascou uma boa desculpa (foi a mulher que me deste por esposa), e Eva, na mesma linha, lascou pra Deus outra desculpa “melhor ainda” (foi a serpente que me enganou), tornou-se padrão para a humanidade arranjar uma boa desculpa pra qualquer coisa errada que fazemos. A coisa chegou a tal ponto que hoje, quanto maior a desculpa, mais o sujeito é valorizado ou endeusado.

Nunca vi na TV ou em qualquer reportagem, alguém que tenha sido preso ou mesmo acusado de algum delito, não tivesse “na hora”, uma boa desculpa. Até nossos governos que são impessoais quando acontece uma tragédia por total falta de responsabilidade, são mestres em arranjar uma desculpa e um culpado, nem que seja a chuva que todo ano cai na mesma época, no mesmo lugar e causando as mesmas tragédias.

Acho até que deveríamos ter campeonato mundial de desculpa. Pode ter certeza, estaríamos entre os primeiros colocados, brigando com orgulho pelo título de campeão mundial.

Se isso acontece com naturalidade com as coisas que são reais (que vemos e tocamos) e já nem achamos que estas desculpas são mentiras ou faltas graves de nossa personalidade e que por isso nem esquentamos mais a cabeça, imagine na nossa vida espiritual onde as coisas não são visíveis? Por exemplo: eu sei que hoje tem reunião de oração na igreja. Sei que vida cristã sem oração não é nada (ou é do jeito que o diabo gosta). Mas se alguém pergunta: porque você não veio? Você que nem se lembrou da reunião, lasca uma desculpa: estava com “dor de cabeça”. “Graças a Deus” não tem como alguém “ver” uma dor de cabeça? Tem como alguém “ver” se é verdade ou mentira?

Bom, você é crente e sabe que está mentindo e que mentira é pecado. Mas, aí vem a segunda parte do plano diabólico, pois infelizmente a Bíblia afirma que um abismo chama outro abismo (Salmo 42:7), e você logo pensa: eu sei que pequei, mas Deus me perdoa. Mentira! (ou “verdade” do diabo). Deus só perdoa se confessarmos. Pra confessar é necessário se arrepender. E se arrepender é se comprometer (com Deus, e não com o diabo) a nunca mais cometer o mesmo pecado. Cuidado, muito cuidado quando você diz que Deus perdoa, pois você pode estar entrando em um abismo maior ainda. Pedro nos ajuda a entender quando diz que “Portanto, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro” (2 Pe 2:20).
Gostaria muito de arranjar uma boa desculpa para que sua consciência ficasse mais tranqüila e você continue fingindo que é crente, ou que as coisas que você leu, não fossem assim tão cruéis e que logo, logo, tudo passa e volta ao normal. Gostaria mesmo, mas não posso, ou melhor, não podemos, sob risco de a cada desculpa esfarrapada, piore o meu estado e cada vez mais me afaste do meu Deus.  Tome uma decisão: Chega de desculpa!

sábado, 25 de fevereiro de 2012


AI SE EU TE PEGO!

O diabo está como “pinto no lixo”. Acabei de ler o livro Protestantismo Tupiniquim (Gedeon Alencar) e engatei a entrevista dada por Caio Fábio a Genizah/Cristianismo Hoje, com sua amarga e sarcástica visão sobre a igreja contemporânea de como só os que estão na “estação do caminho” são verdadeiros (muitas coisas que ele falou é verdade, outras só porcarias). Sem descansar li a carta-desabafo, “Tempo de Partir” do Ricardo Gondin publicada em seu blog1. Em outras palavras, foi uma dose meio cavalar de desânimo adoçada com desespero. No final me restou a dúvida: E agora, o que nós da igreja evangélica vamos fazer?

Quero deixar claro que não estou apoiando, endeusando ou exaltando o Gedeon, o Caio ou Gondin em suas lamúrias existenciais, mas se o choro já está vindo deste lado, é sintoma de que o paciente está muito mal e talvez a “família” não saiba disso.

Que o evangelicalismo brasileiro dos últimos 10 anos está em rota de colisão com a Palavra de Deus e com a vontade soberana do Espírito Santo, isso nenhum líder evangélico, por mais imbecil que seja, têm dúvidas. O problema é que tanto os líderes quanto os crentes estão sofrendo a mesma doença de Demas (2 Tm 4:10) a “demasgogia”, ou seja, a paixão pelas coisas do presente século arraigou de tal forma suas entranhas que o conformar-se assumiu o lugar de transformar, impregnou de tal forma nossas comunidades (seja qual for) que elas saíram totalmente de controle. Não há mais culto em nossas igrejas. Em nossas liturgias há uma mistura de coisas algumas boas, outras absurdas, que pelo uso nem mais achamos assim tão absurdas.

Por mais discutida que seja a atitude do Pr Gondin, e na minha humilde opinião é, mas quando ele fala que se vê “incapaz de tolerar que o Evangelho se transforme em negócio  e  o  nome  de  Deus  vire marca que vende bem. E que não pode aceitar, passivamente, que tentem converter os cristãos em consumidores e a igreja, em balcão de serviços religiosos”, não podemos ficar apáticos. Quando Leonildo Campos, citado por Gedeon, menciona em seu livro “Teatro, Templo e Mercado” não apenas na ”umbandização do pentecostalismo” como também na “iurdização do protestantismo”, na sofreguidão de atender as demandas do mercado religioso, fico tremendamente assustado e chego a concordar com Richardson Halverson: “No inicio, a igreja era um grupo de homens e mulheres centrados no Cristo vivo. Então chegou a Grécia e tornou-se uma filosofia. Depois chegou a Roma e tornou-se uma instituição. Em seguida, à Europa, e tornou-se uma cultura. E finalmente à América e tornou-se um business”, acrescento, chegou ao Brasil e tornou-se uma parafernália misturada com tropicália. A igreja está sendo finalmente tupiniquinizando.

Gedeon, por exemplo, se assusta com o “carnaval evangélico” que segundo ele, é uma contradição, porque o carnaval evangélico é de um amadorismo singular. Um pastiche mal engendrado, porque precisa ser igual – para concorrer – sendo diferente; pois quanto mais conseguir ser carnaval menos deixará de ser evangélico. Quanto mais próximo do carnaval mais longe de ser evangelística. Ou seja, é o samba do “teólogo doido”. E completa: “isso é um modelo de simulacro. É o fantasma que vira realidade. Algo que os teólogos chamam de contextualização; os cientistas sociais de aculturação ou sincretismo; os crentes mais espirituais de mundanização; os crentes mais modernos de estratégias gospel;” eu estou chamando de “micheltelónização” da igreja – Ai se eu te pego!. E não é que isso tá pegando todo mundo!

Pobre igreja brasileira, quem a salvará! Por favor, o ultimo a sair, apague a luz!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012




CARNAVAL, ABADÁ DO INFERNO!

Ainda bem que temos o Google para diminuir nossa ignorância. Mas uma consulta rápida encontramos que o carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C. Segundo outra corrente, o termo “carnaval” significa o “adeus à carne” ou “a carne nada vale” e, por isso mesmo, traz em sua significação a celebração dos prazeres terrenos. Outra pesquisa, alguns especialistas tentam relacionar as festas carnavalescas com os rituais de adoração aos deuses egípcios Ísis e Osíris. Qualquer que seja sua origem, sempre encontrará carnaval ligado a culto a deuses pagãos e aos prazeres sexuais.
Em minha opinião, isso é muito bom, ou seja, não há mensagem subliminar, não há engano ou erro, não há coisas ocultas, ou seja, carnaval é aberta e claramente uma festa pagã e voltada aos prazeres sexuais. Todos que participam desta festa, o fazem conscientemente de que a sacanagem rola solta e sem peia, sem pudor, do jeito que o Diabo gosta!
Se a coisa é clara e não se esconde seus objetivos, cabe a cada pessoa analisar e julgar se pode ou deve participar de uma festa deste quilate. É o mesmo julgamento que usamos, por exemplo, quando escolhemos uma roupa para ir a uma festa. Excluindo as festas do Big Brother, não usamos um calção ou um biquíni para ir a um casamento. O que nos impede fazermos isso é exatamente nosso senso crítico (ou de ridículo).
O que levaria um cristão a participar desta festa? O carnaval é uma espécie de apoteose da desgraça humana, uma negação a nossa civilidade e cidadania. O homem levou milênios para ser um cidadão e dominar sua selvageria animal e nos 3 dias de carnaval a despreza completamente, aflorando toda sua agressividade pré-histórica e animalizando-se para fazer as coisas mais absurdas, vestir (ou se despir) as roupas mais indecentes, cantar as coisas mais imorais, comer e beber as coisas mais prejudiciais à sua saúde.
Isso é racional? O carnaval vai contra todo o bom senso humano. Bastaria isso para desprezá-lo, no entanto pelo fato da sua origem ser uma festa pagã e voltada para os prazeres sexuais, cumpre-se o que Paulo nos diz (Rm 1:24, 32) que “Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si” e “que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem”, ou seja, a melhor fantasia que você pode usar é o abadá do inferno. Bom carnaval!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012


NOS BRAÇOS DO DIABO
Quando era criança cada refeição em nossa casa era um suplicio. Não era por causa da comida, pois pelo simples fato de minha mãe ser baiana, era garantia ser uma boa cozinheira. Mas o problema é que ela sempre nos obrigava a comer muita verdura. Em uma casa com 6 filhos a opção preferida sempre foi doces e picolés (ainda acho que picolé de chocolate é o melhor alimento que existe). Mas porque será que ela nos obrigava a comer verdura se achávamos que picolé era muito melhor? Porque ela sabia que não poderíamos sobreviver só com picolé. Faz parte do compromisso dos pais querer sempre o melhor para os filhos, é por isso que somos “obrigados” a comer verduras, a ir à escola, a ter horário para dormir e para acordar, a ter que escovar dentes e pentear o cabelo, e fazer (do ponto de vista dos filhos) tantas outras coisas “absurdas”. Os pais fazem isto porque querem o melhor para os filhos.
Entretanto mesmo fazendo todas estas coisas, muitos pais crentes quando se trata de ensinar a seus filhos a ter um relacionamento com Deus, simplesmente ignoram esta responsabilidade, transferindo-a aos próprios filhos: “não quero influenciar meus filhos. Quando crescer eles poderão escolher o que querem”. O que me preocupa é que pais crentes procuram dar a melhor escola, roupa, passeios, para os filhos, mas quando o assunto é igreja, eles acham que os filhos adolescentes devem ter liberdade de escolher. Conheço alguns pais crentes que permitem que seus filhos freqüentem uma boate, com a desculpa de que eles precisam experimentar tudo para poder fazer uma boa escolha. De que adianta ter filhos saudáveis e inteligentes, mas que estão indo para o inferno?
Minha esposa me contou uma história de uma amiga que tinha muita dificuldade para levar seu filho à igreja nos domingos. Um dia seu filho rebelde lhe disse: “mãe, vi um desenho animado que um homem obrigou seu burro a subir uma alta montanha até a chegar a uma linda fonte. Ao chegar lá o burro lhe disse: você pode me obrigar a vir até aqui, mas você não pode me obrigar a beber desta água”. A mãe entendeu a metáfora e respondeu: você tem razão meu filho, minha tarefa é ensinar o caminho para a fonte, quem sabe um dia você tenha sede? Mas você nunca poderá dizer que foi para o inferno porque ninguém insistiu em lhe ensinar onde estava a verdadeira fonte da água pura.
Pais, não se intimidem de usar sua autoridade para ensinar os filhos onde está a fonte de vida eterna. Isso não é pecado nem causará traumas irreversíveis, pois é a única forma de provar que ama seu filho ou filha. Este é o verdadeiro amor. Tudo mais na vida é mero complemento. Insistimos que Deus não nos deu filhos para a perdição, por isso não adianta nos matarmos de trabalhar para darmos o melhor que existe para quem vai para o inferno, não podemos nos sacrificar pelos nossos filhos apenas para que o Diabo seja o grande beneficiário. Ou acordamos para esta realidade ou estamos nos auto-enganando. O Diabo tem conseguido iludir muitos pais com sua astúcia dizendo que se amamos nossos filhos devemos dar-lhes tudo e deixar que façam o que querem. Esta é a melhor maneira de jogar seus filhos nos braços do diabo.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O CULTO É UM SHOW!

Já a algum tempo os cultos nas igrejas cristãs perderam os parâmetros. Não sabemos mais o que é certo ou errado, o que pode ou não pode, o que é apelação ou devoção. Cada pastor define como quer o culto na sua igreja. A muito tempo a igreja deixou de ser de Cristo para ser a igreja do pastor “tal”, logo é ele quem decide o que quer e como quer no culto. Na verdade nos esquecemos de 2 coisas muito importantes: 1) o culto é para Deus; b) Ele mesmo definiu na Bíblia como quer ser adorado.

Em qualquer religião o culto é o ápice. É ali que os adoradores da divindade mostram o quanto querem agradá-la e dependem daquele deus. Na ânsia de fazer tudo para agradar a divindade, muitos chegam a fazer coisas absurdas, como levar comidas especiais, se vestir como a divindade gosta, sacrificar animais e até crianças. Em nenhuma religião os adoradores fazem um culto para agradar a quem adora. Em qualquer religião o culto (ou o nome que ele tenha) é cercado de rituais e reverência.

Aqui temos 2 grandes perigos: a) ser tentado a transformar nossos cultos em um show para agradar a um público exigente por coisas novas; b) Criar um ritualismo tão grande que nos isolaria da divindade. No primeiro perigo vemos que muitos pastores têm procurado fazer das tripas o coração para, a cada culto, agradar a seu público como se estivesse em um bom restaurante, receber o melhor programa da noite. De preferência que o culto seja um show da fé, onde não apenas um, mas de preferência 318 pastores façam um descarrego e que saia dali certo aquela semana é a da virada em sua vida e que a vitória foi decretada pelo “apóstolo”. Percebe que é uma linha muito estreita que separa estes 2 perigos? É bom que seja assim, pois como simples adoradores não nos compete definir como adorar ao nosso Deus, mas obedecer aquilo que Ele mesmo falou como deveríamos cultuá-lo.

O culto bíblico possui 7 elementos imprescindíveis: Leitura Bíblica, Oração, Cânticos Espirituais, Pregação da Palavra, Ordenanças (batismo e Ceia), Ofertas e Bênção Apostólica. Não é uma parte do culto, mas a Bíblia recomenda que ele seja uma expressão de nossa alegria e júbilo e não um ritual cansativo e desprovido de sentido. Junto com os elementos imprescindíveis estão agregadas as circunstâncias próprias de cada cultura, como por exemplo: quantas vezes devemos ir à igreja no domingo? Que horário? Tipo de banco ou de púlpito, tipo de roupa que devemos vestir? Não há preceito bíblico para as circunstâncias, porém como elas estão ligadas ao culto, devem ter como referência a nossa moderação e aquilo que edifica, que não escandaliza, que seja justo, respeitável, puro, verdadeiro, ... (Fl 4:5,8).
Deus é a razão, o motivo, a causa e principalmente quem define como deve ser o culto. Não podemos inventar, ou fazer do nosso jeito. Nosso único propósito é “deixar Deus satisfeito no final de cada culto”. Em lugar de dizer: o culto foi muito bom, deveríamos perguntar: Deus ficou feliz com nosso culto hoje? Acrescentar “fogo estranho”, por certo vamos entristecer a Deus. Cultuar a Deus é muito mais sério que esta bagunça que temos visto por ai em muitas igrejas que chamamos de culto. A pior coisa para um adorador é sair do culto e saber que Deus não gostou nada da adoração, porque o culto não é um show!