Acontece que hoje, do jeito que está a igreja
evangélica, percebo que o “cheiro” de muitas delas também não está nada bom. Elas
até parecem que são igrejas de crente, mas será que são? Há tantas mudanças em
suas liturgias e estão tão cheias de “fogo estranho” que fica em minha cabeça
uma grande dúvida. O “cheiro” é de quem abandonou o primeiro amor, ou talvez
nem se lembrem que um dia tiveram esse primeiro amor. Muitas distorcem o que Paulo
diz: fiz-me tudo para com
todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns (1 Co 9:22) que estão fazendo
literalmente de tudo pra lotar sua igreja. Muitas já escancararam de tal forma que já colocaram
o trono de Satanás no meio delas e são especialistas em armar ciladas (ciladas:
falar uma coisa que parece verdade mas não é). Outras abominam o trono de Satanás,
mas tem tolerado as Jezabéis profetizas que têm seduzido os jovens a se “prostituir
com outros deuses” (a deusa fama ... poder ... autoridade, dinheiro, etc) com
aparência de coisa boa, mas o fim são caminhos de morte (Pv 14:12). Outros, com
suas minis ou megas igrejas até tem pomposos nomes internacionais, mundiais e
até universais como de quem está vivo, mas estão mortos. Para estes que são da
sinagoga de Satanás, que declaram uma coisa e a verdade é outra bem diferente,
vai ter que prestar contas a Deus, prostrado aos seus pés. Resumindo tudo: o
que me preocupa mesmo é o momento que a igreja se encontra hoje - nem quente
nem fria. Antes fosse uma coisa ou outra.
Percebe que estamos em uma fase “cinza”, onde as
cores não estão definidas. Igreja tem deixado de ser aquele porto seguro,
aquele lugar de compartilhar as bênçãos uns com outros, de evangelizar com
folhetos, de visitar encarcerados e necessitados. Lugar onde as adolescentes
namoravam e não engravidavam, onde os diáconos eram respeitados, onde na hora
do culto ninguém saía ou ficava brincando no celular. As vezes fico me cobrando
se isso não é saudosismo de uma época que não mais existe, ou se perdemos mesmo
a chance de ser voz profética, de apontar o pecado, de viver de modo digno do
evangelho. Estamos perdendo nossa identidade, ou seja, aquilo para o qual fomos
salvos. São tantos os tipos de igrejas, cada um para um público diferente, são
tantas as parafernálias que se usa para seduzir o público, são tantas as
atrações nacionais e internacionais, que pastor de igreja mais pobrezinha fica
envergonhado pois não pode acompanhar tanta “produção”. Culto ao vivo na internet,
cantores e cantoras profissionais para apresentar o “show”, digo, o louvor, com
direito a compra do CD depois do culto. Banda gospel, pregador famoso, luzes e
câmeras, sorteio e promoções de livros e Bíblias especiais. A concorrência está
cada dia pior, é igreja tirando gente de igreja, é igreja que dá transporte e
lanche de graça e ainda tem promoção de CD do pastor por R$ 9,90.
Verdade, em nossos dias tem muita igreja que parece que é igrejaa de crente, mas são Denorex. É por isso que Jesus diz: estou a ponto de vomitar-te da minha boca. Temos enganado a
muitos, menos o dono da igreja. Igreja de Cristo tem que ser e parecer
igreja. Não precisa de promoção especial nem oferta milagrosa. Basta ser uma
igreja, mesmo que seja pequena, o que não precisamos fazer é ajudar ao diabo a
destruir mais a igreja.