Em qualquer religião o culto é o ápice. É ali que
os adoradores da divindade mostram o quanto querem agradá-la e dependem daquele
deus. Na ânsia de fazer tudo para agradar a divindade, muitos chegam a fazer
coisas absurdas, como levar comidas especiais, se vestir como a divindade
gosta, sacrificar animais e até crianças. Em nenhuma religião os adoradores
fazem um culto para agradar a quem adora. Em qualquer religião o culto (ou o
nome que ele tenha) é cercado de rituais e reverência.
Aqui temos 2 grandes perigos: a) ser tentado a
transformar nossos cultos em um show para agradar a um público exigente por coisas
novas; b) Criar um ritualismo tão grande que nos isolaria da divindade. No
primeiro perigo vemos que muitos pastores têm procurado fazer das tripas o coração
para, a cada culto, agradar a seu público como se estivesse em um bom restaurante,
receber o melhor programa da noite. De preferência que o culto seja um show da
fé, onde não apenas um, mas de preferência 318 pastores façam um descarrego e
que saia dali certo aquela semana é a da virada em sua vida e que a vitória foi
decretada pelo “apóstolo”. Percebe que é uma linha muito estreita que separa
estes 2 perigos? É bom que seja assim, pois como simples adoradores não nos
compete definir como adorar ao nosso Deus, mas obedecer aquilo que Ele mesmo
falou como deveríamos cultuá-lo.
O culto bíblico possui 7 elementos imprescindíveis:
Leitura Bíblica, Oração, Cânticos Espirituais, Pregação da Palavra, Ordenanças
(batismo e Ceia), Ofertas e Bênção Apostólica. Não é uma parte do culto, mas a
Bíblia recomenda que ele seja uma expressão de nossa alegria e júbilo e não um
ritual cansativo e desprovido de sentido. Junto com os elementos imprescindíveis
estão agregadas as circunstâncias próprias de cada cultura, como por exemplo:
quantas vezes devemos ir à igreja no domingo? Que horário? Tipo de banco ou de
púlpito, tipo de roupa que devemos vestir? Não há preceito bíblico para as circunstâncias,
porém como elas estão ligadas ao culto, devem ter como referência a nossa moderação
e aquilo que edifica, que não escandaliza, que seja justo, respeitável, puro,
verdadeiro, ... (Fl 4:5,8).
Deus é a razão, o
motivo, a causa e principalmente quem define como deve ser o culto. Não podemos
inventar, ou fazer do nosso jeito. Nosso único propósito é “deixar Deus
satisfeito no final de cada culto”. Em lugar de dizer: o culto foi muito bom,
deveríamos perguntar: Deus ficou feliz com nosso culto hoje? Acrescentar “fogo
estranho”, por certo vamos entristecer a Deus. Cultuar a Deus é muito mais
sério que esta bagunça que temos visto por ai em muitas igrejas que chamamos de
culto. A pior coisa para um adorador é sair do culto e saber que Deus não
gostou nada da adoração, porque o culto não é um show!
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